Atualizado em 26/05/2020
Acompanhe a série de Entrevistas com empresários, formadores de opinião, políticos e autoridades que são referência em Pouso Alegre e região. Toda terça e quinta, aqui no MCK Notícias COVID-19.
José Walter da Mota Matos é mestre em Direito Constitucional pela FDSM (Faculdade de Direito do Sul de Minas/Pouso Alegre/MG) – Especialista em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e Delegado de Polícia e Professor Universitário.
Foi Delegado Regional e Chefe de Departamento na Polícia Civil de Minas Gerais, lecionou Direito Penal, Processo Penal e Medicina Legal nas Faculdades de Direito de Pouso Alegre, Machado, Diamantina, São Lourenço e Itajubá.
Como o senhor avalia, de um modo geral, os impactos da pandemia na administração pública?
A pandemia está causando sérios impactos nas áreas da saúde e saneamento básico, mostrando que a infraestrutura desses vetores deverão ser priorizadas pela administração pública Federal , Estadual e Municipal.
No que concerne a situação econômica, a administração pública deve estar preparada para incentivar a retomada das atividades na indústria e no comércio, gerando um novo boom de desenvolvimento, que azeite a arrecadação de impostos sem aumenta- los.
Haverá a necessidade de se implementar ações que incrementem a geração de emprego e renda; a pós pandemia mostrará uma nova realidade, que exigirá mais capacidade e criatividade dos gestores públicos em promover e executar políticas públicas que fomentem o desenvolvimento;
O que os gestores públicos municipais podem fazer para equilibrar a equação entre saúde e economia nesses tempos de pandemia?
O momento atual exige que a administração pública enxugue gastos e racionalize a aplicação de recursos, para que sejam aplicados prioritariamente na saúde e na proteção dos vulneráveis economicamente; ao mesmo tempo, há que se pensar novas formas de se deslanchar e destravar a economia, para que os empreendedores sejam estimulados, os serviços públicos desburocratizados, menos onerosos e mais eficientes.
A administração pública terá que repensar suas prioridades e a necessidade de sua pronta intervenção, para atrair novos investimentos, dotando os municípios da infraestrutura necessária para tanto;
Mesmo diante das dificuldades atuais enfrentadas pela população, é possível termos otimismo a curto ou médio prazo?
Sim. O otimismo é essencial em todas as atividades da vida e ele crescerá a medida que as políticas públicas sérias e de resgate da cidadania sejam implementadas.
Em nossa cidade e região, temos uma força de trabalho qualificada e capacitada nas diversas áreas para continuarmos acreditando que esse cenário de crise vai passar e as perspectivas são boas no curto e médio prazo;
Qual o recado que gostaria de deixar para a população neste momento tão delicado?
Desejo sinceramente que a serenidade e a solidariedade cresçam para que possamos passar por esse momento: serenidade para enfrentarmos as dificuldades, solidariedade para ajudar o próximo e também a nós mesmos ao entendermos que a comunidade supera muito mais rápido seus desafios, quando está unida para promover o vem comum.
Vamos em frente!
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