A área da Odontologia está em alta no Brasil, com aproximadamente 330 mil graduados todos os anos. Isso significa uma crescente abertura de clínicas e atuação autônoma como profissional da área. E quando se trata de finanças, a questão tributária é crucial.

O primeiro modelo tributário, e o mais comum, é o Simples Nacional. Nele, você unifica o pagamento de vários impostos em um único boleto, conhecido como “DAS”. Para clínicas, a tributação varia de 6% a 15,5%, dependendo dos custos com a folha de pagamento e pró-labore. É importante notar que, apesar da alíquota relativamente baixa, há incidência de INSS e Imposto de Renda sobre o pró-labore dos sócios.

Já no Lucro Presumido, o pagamento do IRPJ e CSLL é feito trimestralmente, com uma alíquota de 11,33% em impostos federais, além do ISS, que geralmente é de 5% nas capitais.

Se optar pela autonomia, o DAS terá uma tributação inicial de 15,5%, podendo chegar a 30,5%, dependendo do valor. Os valores são pagos até o dia 20 do mês seguinte ao fechamento.

Porém, o Lucro Presumido oferece uma possibilidade ainda maior de redução nas alíquotas de IRPJ e CSLL, graças à legislação vigente. Nela, o dentista empresário que realiza procedimentos odontológicos voltados à promoção da saúde pode obter uma redução significativa nos tributos, passando de 11,33% para algo entre 5% e 6%.

O sistema tributário brasileiro é complexo e sujeito a mudanças, portanto, é recomendado que o dentista consulte a Receita Federal ou, ainda, busque orientação jurídica para garantir o correto recolhimento.

E não se esqueça: existem outras estratégias de redução tributária, como o uso do livro caixa para abatimento de despesas e o recolhimento do ISS fixo para sociedades simples puras.